Editorial
A pandemia ainda não acabou
Parece informação antiga, de um passado até certo ponto já distante, mas não é. Estamos em novembro de 2022, quase três após a explosão de casos de Covid-19 mundo afora, e ainda precisamos reafirmar que a pandemia ainda não terminou.
No início da noite de quarta-feira, a equipe de vigilância genômica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria da Saúde detectou oito novos casos da subvariante BQ.1 no Rio Grande do Sul, chegando a nove no total. Essa sublinhagem da ômicron tem apresentado uma alta capacidade de transmissão quando comparada a outras que já circulavam no Brasil, e é apontada como causadora de novas ondas de casos em outros continentes.
Embora pareça controlada, a doença tem força suficiente para continuar sendo espalhada por aí. Principalmente em locais onde as pessoas estão deixando de se vacinar. De acordo com o painel de Acompanhamento Vacinal da Secretaria da Saúde, mais de três milhões de gaúchos ainda não receberam a primeira dose de reforço, equivalente à terceira dose. Enquanto 2,2 milhões estão sem o segundo reforço (a quarta dose).
Também na quarta-feira, horas antes da nota da equipe da Cevs, o Comitê Institucional de Monitoramento da Covid-19 da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) emitiu um comunicado sobre aumento de casos da doença. Além de instituir o uso facultativo de máscara de proteção individual cobrindo boca e nariz para circulação ou permanência ao ar livre ou em ambientes fechados; também fica fortemente recomendado o uso de máscara cobrindo boca e nariz para os servidores e estudantes que se enquadrem em casos como grupos vulneráveis, pessoas não vacinadas, com sintomas gripais, etc.
Até mesmo em Pelotas, com números baixos de novos casos nas últimas semanas e poucas pessoas internadas nos hospitais do município, é preciso ficar atento ao panorama da doença. A prefeitura, ainda na semana passada, reforçou o pedido para que as pessoas com quaisquer sintomas gripais usem máscara em todos os lugares, em especial nas instituições de saúde.
Em um momento tão delicado quanto o que estamos passando, com inúmeros ataques infundados à ciência, vamos precisar, mais uma vez, de uma mobilização intensa a favor da vacinação. E, se necessário, voltar a utilizar a máscara para diminuir os riscos. Precisamos ser vigilantes. A pandemia ainda não acabou.
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